Terapeutas, pacientes e o pôr do sol.

Kelly Wilson, um famoso terapeuta ACT, argumentou que existem terapeutas que olham para os seus pacientes como problemas de matemática, outros que os olham como um pôr do sol, com contemplação.

Pensar desta forma não é um apelo a ignorância, e a psicoterapia deve ter sólida sustentação empírica para que o terapeuta trabalhe com eficiência. A grande questão é a redução do fenômeno clínico a descrições de processos e coleções de sintomas.

Uma clínica que reduz a atuação do terapeuta a técnicas, descrições sindrômicas, diagnósticos e intervenções protocolares ignora o sujeito. Que sujeito? Este que tem uma história, anseios e receios, sofrimentos que são compreensíveis e experiências incomunicáveis. Um terapeuta trata pessoas, não diagnósticos.